7 de setembro de 2024
6 de setembro de 2024
Marlen Haushofer, A Parede [tradução de Gilda Lopes Encarnação].
30 de agosto de 2024
28 de agosto de 2024
22 de agosto de 2024
13 de agosto de 2024
10 de agosto de 2024
24 de julho de 2024
Amedeo recebe uma carta de uma antiga amante, Simone Thiroux, estudante de medicina, que o informa do seu regresso ao Canadá e de ter dado à luz um filho, de que ele é pai. Amedeo nunca reconhece a criança. Diz que encontrou o seu grande e verdadeiro amor em Jeanne Hébuterne, uma pintora em ascensão com quem se muda para a Provença na primavera, depois de ela engravidar. A 29 de novembro de 1918, Jeanne dá à luz uma menina e regista-a sozinha: "Giovanna Hébuterne, pai desconhecido." No final de junho de 1919, descobre-se novamente grávida e diz a Amedeo, que lhe responde: "Não temos sorte!" É rejeitada pela família por querer estar com ele. Um ano depois, é o frio glacial do início de janeiro. Amedeo regressou de uma longa noite de absinto e drogas. Estão trancados no estúdio, escondidos, sem nenhuma visita durante uma semana. Amedeo delira de febre e ressaca e Jeanne desenha-se convulsivamente a si própria. Não têm carvão nem água. Quase não têm comida, comem sardinhas em lata. Grávida de nove meses, Jeanne desce até ao pátio nas traseiras do estúdio e carrega água do poço para casa enquanto Amedeo delira ou dorme. Quando Manuel aparece e vê a cena, envia Amedeo para ser internado e leva Jeanne para o Hotel de Nice, no boulevard Montparnasse. Amedeo morre sete dias depois no hospital. Informado da morte do seu irmão, Giuseppe telegrafa a Moïse: "Enterra-o como um príncipe". No dia seguinte, Manuel dá a notícia a Jeanne e leva-a ao hospital para ver Amedeo. Jeanne aproxima-se e olha para ele durante muito tempo. Depois, corta uma mecha de cabelo, coloca-o sobre o peito de Amedeo e sai sem dizer uma palavra. Prestes a entrar em trabalho de parto, os pais consentem em recebê-la, e Jeanne regressa ao bairro do Panthéon, onde nasceu. Fica a dormir no seu quarto, no quinto andar, vigiada pelo irmão André. Às três da manhã, com o irmão adormecido à beira da cama, abre a janela voltada para o pátio da rua Amyot, volta-se de costas e atira-se. Os corpos de Jeanne e do bebé são recolhidos por um operário que os transporta de volta ao quarto ao quinto andar, onde André lhe fecha a porta. Com a ajuda de um carrinho, o operário leva-os para o estúdio, onde a zeladora diz que Jeanne não é uma inquilina oficial e se recusa a recebê-los. O operário caminha sem rumo pela cidade. Encontra a polícia, que lhe ordena que leve os corpos de volta ao estúdio e mostra à zeladora uma ordem para os receber. Jeanne e o bebé ficam aí abandonados durante toda a manhã. Uma amiga de Jeanne da Academia Colarossi, Chantal Quenneville, e Jeanne Léger, vão até ao ateliê. Léger vai buscar uma enfermeira para os limpar e vestir. Os pais de Jeanne decidem enterrá-los no cemitério de Bagneux. A cerimónia é no dia seguinte, às escondidas e sem ninguém, o mesmo dia em que Amedeo vai a enterrar no Père Lachaise numa cerimónia que se transforma num estrondoso acontecimento público com centenas de amigos, amantes e admiradores. Giovanna, a filha do casal, então com quatorze meses, é levada para Livorno, a cidade onde Amedeo havia nascido. Educada pela avó Eugénie Garsin-Modigliani, e pela tia, Margherita Modigliani, cresce a ouvir falar sobretudo do seu pai. Nove anos depois, o seu tio convence os pais de Jeanne a juntar os seus restos mortais aos do príncipe de Montparnasse.