(...)
quero dizer que a língua em que me seria, talvez, dado não apenas
escrever, mas pensar, não é nem o latim, nem o italiano, nem o espanhol,
mas uma língua de que não conheço uma só palavra, uma língua com que as
coisas mudas me falam e na qual deverei talvez um dia, do fundo da
campa, justificar-me perante um juiz desconhecido.
Hugo von Hofmannsthal, A Carta de Lorde Chandos.
Hugo von Hofmannsthal, A Carta de Lorde Chandos.