7 de março de 2017

A escrita de Elena Ferrante é de tal forma violenta e vibrante que, quando deito a cabeça na almofada, é na vida das suas personagens que penso, como se fossem minhas vizinhas, me pudessem ligar, as tivesse encontrado hoje pela manhã, e não é senão com bastante esforço que regresso à minha própria vida e aos acontecimentos que a preenchem. Um livro, e certamente não qualquer livro, pode ser impressivo ao ponto de se tornar vital, é a descoberta que faço — e que me surpreende — ao percorrer estas páginas.