2 de dezembro de 2015

acabarei sem memórias de qualquer espécie. quando um miúdo olhar estarrecido para o meu inescrutável rosto de velha, serei tão ignorante como ele sobre como terei ganho aquelas rugas. terei menos caminhos do que aqueles que tenho hoje, saberei menos de mim, o mundo será ainda menos vasto. tenho contudo esta esperança, de ficar reduzida apenas ao suficiente: à minha linguagem.