O verdadeiro destinatário da poesia é aquele que não a pode ler. Mas isto também significa que o livro, que está destinado a quem nunca o lerá — o iletrado — foi escrito por uma mão que, em certo sentido, não sabe ler e que é, portanto, uma mão analfabeta.
Giorgio Agamben, in A quem se dirige a poesia.