2 de novembro de 2014

furtivo e mítico, o perfume do betão assemelha-se a uma mistura de jóias e tecidos. tem origem em jardins em miniatura, em constante confronto com o coração das paisagens, onde um fogo escrupuloso arde em consagração à mîse en abyme dos sentidos no espaço. podemos pressenti-lo à superfície de temperamentos mutantes e discretos, que guardam indeléveis traços de paradigmas corporais, como a densidade da dança. entre as suas propriedades encontram-se pouca luz, brutalidade, cigarros e uma língua estrangeira e um dos seus efeitos é a superação da experiência, transformada em trivial, adaptada, inevitável.