7 de julho de 2014

Nunca percebi as pessoas que adoram a velocidade. Que interesse pode haver em ir o mais rápido possível em cima de uma mota ou dentro de um carro, por exemplo? Só me fascina a adrenalina da lentidão, se adrenalina é coisa que lhe possa chamar. Gostaria de escrever e falar com uma tonalidade como essa, de uma lentidão quase imperceptivelmente pontoada por raros júbilos, mas um júbilo que incluísse o seu contrário (como se chama a isso que une as duas pontas de um círculo?). E, um dia, gostaria de nomear essa lentidão. Pelo menos uma vez na vida, nomeá-la.