6 de setembro de 2013

O André Téchiné tem um filme chamado Les Voleurs onde a certa altura uma personagem diz uma frase que me entrou pelos ouvidos como um comboio: «nous ne faisons que remplacer». Hoje um amigo disse-me a mesma coisa: «estamos sempre a substituir». Fez-me lembrar uma carta que tem uma frase que sei de cor desde que a li a primeira vez. Recebi-a na véspera do meu casamento e dizia o seguinte: «Pessoas como tu e eu — e escrevo-te isto com as mãos a tremer — terão sempre um vazio.» A verdade é incontornável, mesmo em dia de bodas.