Não houve em toda a minha vida nada mais importante do que ter tido uma irmã. A autobiografia não me interessa, a biografia interessa-me o suficiente. Tenho muitas histórias que aguardam o seu momento, que aguardam que os anos passem para as publicar, quando possam ser apenas um conto, literatura. Da minha irmã contudo, não consigo dizer nada. É a minha ficção mais profunda. Aquela que me devolve a minha própria imagem. A que vive onde não há nada, no espaço sem eco da grande incógnita.