SEGREDOS PELO CAMINHO
A luz do dia bateu no rosto de alguém que dormia.
E esse alguém teve um sonho com mais vivacidade,
ainda que sem acordar.
As trevas bateram na cara de alguém que ia a andar entre a multidão,
sob os raios
impacientes e fortes do sol.
De repente escureceu, como quando cai uma bátega.
Eu encontrava-me num quarto com espaço para todos os instantes —
a sala de um museu de borboletas.
Ali, porém, o sol brilhava tão intensamente como antes.
Os seus pincéis impacientes davam cor ao mundo.
Tomas Tranströmer
6 de julho de 2015
30 de junho de 2015
17 de junho de 2015
10 de junho de 2015
4 de junho de 2015
29 de maio de 2015
nunca imaginei que uma ternura infinita como a da infância, uma vez perdida, pudesse voltar a existir. e todavia nunca imaginei senão isso. é de facto de uma grande evidência, que nenhuma outra coisa existe senão esse centro de que nos aproximamos, distanciamos e onde, por vezes, nos é concedido entrar. no labirinto tocamos o insondável mas a sua infinitude não me domesticou. o que se levantou dele, porque pôde, apenas escutou. e eu pude: não pronunciei palavra nem fui iludida por nenhuma revelação. até já não ter nada e poder escutar apenas este silêncio, este mistério.
28 de maio de 2015
25 de maio de 2015
24 de maio de 2015
22 de maio de 2015
21 de maio de 2015
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