13 de setembro de 2019

Conheço um lugar
Habitado pela melancolia
Onde o céu
Tem sempre as cores
Do fim do verão

As suas ruas
Estão vazias
Criminosamente limpas e silenciosas
Como uma casa
À hora da sesta

Cheiram a mar
E a gato
São feitas da substância
Do amor maternal
Insubstituível e gracioso

Nunca lá entrei
Aguardo uma manhã muda
Sem lei nem incerteza
Pois sei que qualquer esforço
Quebrará a sua frágil paz.