25 de julho de 2016

ao longe, as silhuetas turquesa e longínquas das montanhas luziam. apenas Deus me observava, frio e trocista. o ar estava límpido e fresco e não havia entre mim e o tempo qualquer distância. apesar disso, perguntei-me subitamente o que estava ali a fazer, como se todos aqueles anos pertencessem à vida de uma outra pessoa. os astros, o campo, a margem do rio, a floresta, esvaziaram-se de todo o afeto e eu não podia responder.