14 de junho de 2016

Naquele dia, quando todos entraram em casa, S. ficou em pé à beira da piscina onde, de ar absorto, enrolava e humedecia uma mecha de cabelo na boca. O calor estava no auge, entre os canteiros e a erva a vegetação seca crescia profusamente, um intenso cheiro a rosas, de roseiras desabrochadas em torno da casa, tinha-se instalado no início deste verão súbito. F. sai de casa e vê-a. Depois de uma manhã agitada, sem conseguir ler uma página de um livro de seguida, é o único que não diz nada, como se estar em silêncio a contemplar a sua longa cabeleira de caracóis negros fosse mais do que suficiente. Apesar da sua grande diferença de idades, isso bastou para que viessem a conhecer-se.