apesar dos tons pastel e da luz intensa que, à exceção da base, preenche todo o quadro, fico a pensar «porque é que a igreja e as árvores têm a cor do céu?». é como se víssemos uma imagem do que outrora foi e se desfez. com toda a sua luz e aparente tranquilidade
— transmitida unicamente pelas cores e em contraste (em curto-circuito) com a onda que estala no céu —, é uma imagem de destruição, de morte. o que ainda vemos erguido, refletindo o seu duplo na água, é uma ruína. não estará lá, não está lá. aquilo que vemos é já pó.
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William Turner, Quillebeuf, Mouth of the Seine, 1833. |