29 de março de 2015

E foi.
E onde devia haver beijo há uma falha.
É o único sinal visível do acontecimento esse. A montanha arrepanhada ao contrário.
A falha não é um erro, não é uma falha no sistema, não há sistema, não é um acto falhado, é toda acto, falha que é a abertura de onde.
É a abertura depois da derrocada, é o rewind da avalanche.
Não: é o fim da avalanche quando do som só há silêncio e a falha é a maior parte do som. 


Sónia Baptista, a falha de onde a luz (com Francisco Goulão).