A minha mãe diz que o dia em que eu nasci era
feio de assustar, com uma tempestade violenta a fazer abanar o céu, a
crosta terrestre e o que há pelo meio. Depois diz que eu era tão bonita
que foi como ver nascer o sol, que todos na maternidade quiseram ver.
Quando contava isto olhávamos sempre uma para a outra a sorrir, como
quem reconhece que alguma coisa neste mundo deve estar certo: eu tinha
encarnado alguma coisa desse contraste.